A primeira geração e segunda da Serie F brasileira e sua vida e seus parentes no exterior.

A F100 FOI O PRIMEIRO FORD FEITO NO BRASIL E FOI A PRIMEIRA GERAÇÃO DO TERCEIRO CARRO MAIS LONGEVO DA HISTÓRIA DA PRODUÇÃO NACIONAL.
A Ford montava carros em CKD desde 1919, mas em 1955 com a definição do GEIA que Ford e GM só fariam caminhões por que achavam viável, em outubro de 1957 na linha 1958 chegava o primeiro Ford nacional nas ruas era a picape F100, Por fora até que o visual é interessante para época, ela media 4.80metros de comprimento e 2.79metros de entre - eixos, única opção de câmbio: manual de três marchas com avalancha na coluna e tração traseira e o motor era longitudinal era o oito cilindros V 272 da família Y de 4.5 litros, 16 válvulas  com bloco e cabeçote de ferro, comando de válvulas no bloco acionado por varetas, o seu diâmetro é de 92mm e o curso é de 83.8mm o que totalizavam 4.458cm3, a sua taxa de compressão era de 7,3:1 e dotada de carburador de corpo duplo e com isso passou a gerar 33.4KGFMa2400RPM e 164CVa4400RPM, a sua suspensão é dependente tipo eixo rígido com feixe de molas e amortecedores nos dois eixos, os freios eram a tambor nas quatro rodas e a direção era do tipo setor e rosca sem fim, tem utilitário que ficou nesse esquema até o fim, Kombi: estou falando de você. lógico que na época as picapes usavam esse esquema de freios e suspensão.
               A F100 nacional chegava ao mercado com motor V8 de 4.5 litros e 164CV.
A única concorrente da época era a 3100 conhecida como "Chevrolet Brasil" e se a GM escolheu o caminho do desempenho com economia: se bem que seis cilindros não espera economia..... a Ford escolheu o caminho do desempenho e na época era preferida dos peixeiros devido ao excelente desempenho do V8 e na sua época era a picape nacional mais potente e capacidade de carga era de 650KG, em outubro de 1958 na linha 1959 nada muda, em outubro de 1959 na linha 1960 nada muda, em outubro de 1960 na linha 1961 nada muda, em outubro de 1961 na linha 1962 chegava a segunda geração, a picape ganhava a caçamba maior, um visual totalmente novo e o mesmo chassi, ela media 4.85metros de comprimento e o entre - eixos foi mantido, o câmbio foi mantido, a suspensão, freios e direção também e o motor V8 também e a capacidade aumentou para 700KG e agora ela vinha em duas versões de acabamento: Ranchero e Passeio e lembrando que a indústria automobilista começou com produtos desatualizado a geração anterior tinha sido aposentado em 1957 nos EUA e esse modelo que que agora estou citando foi aposentado em 1961 nos EUA.
A segunda geração da F100 e mantinha o V8 de 4.5 litros.
Em outubro de 1962 na linha 1963 a Ford lança a opção de cabine dupla com três portas era a opção local, a caçamba era menor ou seja um certo Hyundai não é o primeiro carro de três portas, Veloster: estou falando de você e ainda a picape tinha o mesmo motor V8 da cabine simples e era uma resposta a Alvorada da GMB que era versão cabine dupla da 3100 ou "Brasil" que são conhecidas e o motor V8 da família Y passava a ser feito no Brasil para não ter que importar o V8 dos EUA.
 A Rara cabine dupla de três portas chegava ao mercado e o mesmo motor V8 de 4.5 litros.
Em outubro de 1963 na linha 1964 nada muda, em outubro de 1964 na linha 1965 nada muda, em outubro de 1965 na linha 1966 nada muda, em  outubro de 1966 na linha 1967 nada muda e em março de 1967 ela ganhava nova grade dianteira, faróis e para - choque e a reboque ela trocava a suspensão dianteira passava a ser Independente tipo "Twin-I-Beam" com molas helicoidais e amortecedores, mas esse sistema provocava instabilidade em pisos irregulares algo que ocorreu até com a F250 aposentada em 2011 e nunca foi sanado.
Nova grade dianteira e faróis e o motor V8 de 4.5 litros é mantido.
Ela continuava a picape nacional mais potente e em outubro de 1967 a Ford comprou a Willys e no pacote herdou os utilitários dela e com isso a antiga Pick-up Willys virou opção mais barata dentro da linha Ford e era lançada a linha 1968 nada muda, em outubro de 1968 na linha 1969 nada muda, em outubro de 1969 na linha 1970 nada muda, em outubro de 1970 na linha 1971 nada muda e em maio de 1971 ela deu lugar a uma nova geração baseada em outro chassi.
AO CONTRÁRIO DE JAPÃO E EUROPA OS EUA viviam um tempo de prosperidade nos pós-guerra, logo depois a Ford começava uma nova projeto da uma nova picape e com ela vinha um novo chassi, não temos as medidas, mas o entre - eixos é o mesmo da nossa picape nacional, de inicio apenas com câmbio manual de três marchas com avalancha na coluna e tirando os caminhões as picapes da Série F estavam disponíveis em F1,F2 e F3 e lembrando que suspensão, freios e direção não mudavam em relação ao primeiro modelo nacional, mas as principais novidades eram os motores a primeira era o Thiftpower de primeira geração 226 de seis cilindros em linha, 3.7 litros , 12 válvulas, comando de válvulas no bloco acionado por varetas e corrente metálica, o diâmetro é de 83.8mm e o curso é de 111.8mm o que totalizavam 3700cm3, a sua taxa de compressão produzia baixos 6,8:1 e com carburador de corpo simples e com isso gerava 24.9KGFMa1200RPM e 95CVa3300RPM e a outra opção era o Flathead 239, oito cilindros em V, 16 válvulas, bloco e cabeçote de ferro e comando de válvulas no bloco acionado por varetas, o seu diâmetro é de 81mm e o curso é de 95.2mm o que totalizavam 3923cm3, a sua taxa de compressão produzia baixos 6,6:1 e dotado de carburador de corpo duplo e com isso gerava 24.9KGFMa2000RPM e 101CVa3800RPM em motores herdados do período entre guerras e ela de inicio só na picape, com tração traseira ou traseira com 4x4 de engate manual e lógico aí começava uma história das picapes Ford.
A primeira geração da Série F chegava ao mercado de inicio o seis cilindros 226 de 3.7 litros e 95CV e o Flathead V8 de 3.9 litros com 101CV e mais tarde o seis cilindros 215 de 3.5 litros  e 101CV.
Lembrando que o Flathead é da mesma família do motor V8 que equipou o Simca Chambord no Brasil e isso foi a linha 1948 em outubro de 1947, em outubro de 1948 na linha 1949 chegava a Panel Van 4 portas que era a versão furgão e o mesmo motor da picape que chegava no anterior.
O Furgão(Panel Van) chegava ao mercado americano com os mesmos motores da picape.
E você pode dizer que 101CV são poucos, mas no período do pós-guerra era excelente, em outubro de 1949 na linha 1950 nada muda, em outubro de 1950 na linha 1951 nada muda, em outubro de 1951 na linha 1952 ela trocava o antigo seis cilindros pelo atualizado seis cilindros de 215 de 3.5 litros, o seu diâmetro é de 90.4mm e o curso é de 94.4mm o que totalizavam 3523cm3, a sua taxa de compressão produzia 7:1 e com isso gerava 25.5KGFMa1300RPM e 102CVa3500RPM era mais potente que o veterano Flathead V8 e tinha mais torque, em outubro de 1952 na linha 1953 chegava a segunda geração da Série F é igual a primeira geração feita aqui, só que na numeração mudava em vez de F1,F2 e F1, o primeiro era substituída pela F100, o segundo pela F110 e a última pela F250, ela vinha com duas opções de tração: traseira ou traseira com 4x4 de engate temporário e nos motores continuam de inicio o seis cilindros de 3.5 litros e o V8 Flathead de 3.9 litros, o câmbio continuava manual de três marchas com avalancha na coluna e no resto era igual ao modelo nacional e o Furgão Panel Van  agora com duas  portas mudava junto ao modelo e entrava na nova geração.
A F100 era igual a nossa lançada em 1957 de inicio o seis cilindros 226 de 3.5 litros e o V8 Flathead de 3.9 litros herdados do modelo anterior, mais tarde o seis cilindros 223 de 3.7 litros que passou a gerar 115CV e o V8 de 3.9 litros que gerava 130CV e mais tarde o 3.7 passava a 130CV e estreava o V8 de 4.5 litros que passava a gerar 173CV.

O Panel Van igual a picape nos motores.
Em outubro de 1953 na linha 1954 marcavam várias estreias, a primeira era o câmbio automático de 3 marchas para a picape e nos motores o seis cilindros 223 de 3.7 litros  da terceira geração do Thiftpower que foi longeva no mundo, além dos Estados Unidos, Argentina e Austrália, o seu diâmetro é de 92.1mm e o curso é de 91.4mm o que totalizavam 3653cm3, a sua taxa de compressão é de 7:1 e com isso gerava 26.9KGFMa1200RPM e 122CVa4000RPM e dotado de carburador de corpo simples, chamado de Millage Maker "Criador de Milhas pelos americanos" ou Ford Edsel e substituía o antigo 3.5 litros de seis cilindros em linha o Flathead também dava adeus era substituído pelo 239V8 da família Y eu não tenho diâmetro x curso dele que era de 3.9 litros e com isso passou a gerar 29KGFMa2400RPM e 130CVa4400RPM e com isso ficava mais potente, em outubro de 1954 na linha 1955 nada muda, em outubro de 1955 na linha 1956 o seis cilindros 223 de 3.7 litros mantinha o torque e passava a gerar 130CVa4000RPM e o V8 de 3.9 litros era substituído pelo V8 de 4.5 litros 272 que é um velho conhecido nosso que lá nos EUA gerava 35.7KGFMa2200RPM e 173CVa4400RPM era 9CV mais potente que o nosso modelo, em outubro de 1956 na linha 1957 chegava a terceira geração da Série F americana e agora a picape tinha a denominação F100,F250 e F350 com as opções de picape cabine simples de duas portas e furgão é o modelo que seria feito aqui entre 1962 e 1971, as opções câmbio continuam as mesmas, as de tração também e as de motor o mesmo seis cilindros 223 herdado do modelo anterior e o V8 de 4.5 litros também herdado da geração anterior e suspensão e freios também foram herdados de gerações anteriores.
A nova Série F chegava ao mercado americano com motor seis cilindros 223 de 3.7 litros e o V8 de 4.5 litros que mais tarde é substituído pelo V8 de 4.8 litros com 186CV.

O Furgão Panel Van chegava ao mercado junto com a picape.
Em outubro de 1959 na linha 1960 o motor V8 de 4.5 litros da lugar ao V8 292 de 4.8 litros da família Y também, o diâmetro passava a 95mm e o curso era mantido em 83.8mm o que totalizavam 4785cm3, a sua taxa de compressão produzia 7,8:1 e com carburador de corpo duplo gerava 37KGFMa2400RPM e 186CVa4400RPM esse motor só estaria no Galaxie nacional em 1969 e nas picapes em 1971 já em outra plataforma, em outubro de 1960 na linha 1961 ele passava uma outra plataforma que já foi tratada aqui no blog e com isso o adeus dessa plataforma nos EUA.
A HOJE EXTINTA MERCURY em outubro de 1952 na linha 1953 lançou a picape M100 clone da F100 com o mesmo motor seis cilindros 3.5 e o V8 de 3.9 litros antigo Flathead(de válvulas no bloco) que já citamos na Série F, suspensão e freios eram similares ao modelo nacional.
           A M100 chegava ao mercado americano com o mesmos motores já citado na Série F.

Em outubro de 1953 na linha 1954 ela trocava os motores estreava o seis cilindros de 3.7 litros e o V8 de 3.9 litros da família Y mais moderno com comando de válvulas no cabeçote, em outubro de 1954 na linha 1955 o seis cilindros de 3.7 litros fica mais potente já citado na Série F e o V8 de 3.9 litros dá lugar ao V8 de 4.5 litros que já foi citado no artigo nacional da história. em outubro de 1956 na linha 1957 ela dá deus com a nova geração da Série F e a Mercury não teria mais uma picape até a derivada do Explorer Sporttrac,

NA TERRA DO TANGO  a Ford argentina também fazia carros em CKD desde 1919 e em outubro de 1959 ela passava a fazer F100 localmente, o câmbio era manual de três marchas e ela estava mais atualizada que o modelo nacional da época e o motor era o oito cilindros em V de 4.8 litros da família Y que já citamos na Série F americana, mas na terra do tango gerava 37.3KGFMa2000RPM e 180CVa4000RPM era um pouco mais fraco que o modelo nacional.
A F100 argentina chegou ao mercado com motor V8 292 de 4.8 litros de 180CV.
Em outubro de 1960 na linha 1961 nada muda e logo em outubro de 1961 com a mudança da fábrica do bairro La Boca de Buenos Aires, para General Pacheco a Ford local aproveita para lançar o novo modelo na nova plataforma, lembrando que o modelo brasileiro nessa plataforma foi feita na Fábrica do Ypiranga que também fez caminhões e o Ford Galaxie hoje ela está fechada e os caminhões são feitos em São Bernardo do Campo-SP e a F250 foi feita lá de 2000 a 2011.
 
Tudo na vida tem um começo e começo a Ford brasileira foi uma picape e com motor V8 o que deixa a marca com maior fabricante de carros com motor V8 na história automotiva brasileira. lógico que uma picape V8 á gasolina é insustentável hoje em dia e o consumo alto da época não era problema.
 

 
 
 
 


 

 
 

 

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