Plataforma PS da Mitsubishi: Os últimos projetos da Mitsubishi norte-americana

ALÉM DE DAR ORIGEM AS ÚLTIMAS GERAÇÕES DE GALANT E ECLIPSE, DEU ORIGEM A UM UTILITÁRIO ESPORTIVO E AO ÚLTIMO MITSUBISHI AUSTRALIANO.

A Mitsubishi já tinha feito vários carros em cima da plataforma D e inclusive alguns modelos Chrysler também junto, o próprio Eclipse pedia sucessão, o Galant já havia migrado em outra plataforma, mas a Mitsubishi japonesa não teve interesse em desenvolver um sucessor para ele e a própria Montero Sport (Pajero Sport) era importada, então a Mitsubishi norte-americana colocou a "mão na massa".

  Era a plataforma PS ou o "Project America" que daria origem a um sedã, cupê e utilitário esportivo e acabou gerando mais um sedã, mas esse foi fora dos Estados Unidos. De qualquer forma viriam chegar as nova gerações de Galant e Eclipse para o mercado norte-americano.


A CHEGADA AO MERCADO DO ENDEAVOR se dá em janeiro de 2003 na linha 2004 foi o primeiro modelo dessa plataforma, ele media 4.83 metros de comprimento, 1.87 metros de largura, 1.78 metros de altura e 2.75 metros de altura, ele vinha nas versões de acabamento: Básica, LS e XLS, duas opções de tração: dianteira ou integral. A única opção de câmbio é o automático de quatro marchas com trocas sequenciais, a única opção disponível de motor era o V6 de 3.8 litros e 24 válvulas da família Cyclone "Debonair"  com bloco de ferro, cabeçote de alumínio, comando de válvulas simples no cabeçote acionado por correia dentada, o seu diâmetro era de 95mm e o curso era de 90mm o que totalizavam 3828cm3, a sua taxa de compressão era de 10:1 e com isso gerava 34.6KGFMa3750RPM e 218CVa5000RPM. A sua suspensão era independente nas quatro rodas com molas helicoidais e amortecedores hidráulicos, sendo McPherson na dianteira e Multink na traseira, os freios eram discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira e a direção como sempre pinhão e cremalheira. Era o primeiro filho do "Project America" ou plataforma PS.
O Endeavor chegava ao mercado com motor V6 de 3 8 litros e 24 válvulas com 218CV que mais tarde passa a ter 228CV.
A NOVA GERAÇÃO DO GALANT:  em outubro de 2003 como linha 2004, ele chegava apenas como sedã, ele media 4.84 metros de comprimento, 1.84 metros de largura, 1.47 metros de altura e 2.75 metros de entre- eixos, ele vinha apenas com câmbio automático de quatro marchas, ele vinha nas versões de acabamento: DE,ES, LS e GTS, as duas últimas com motor V6, a primeira vinha com o 2.4 16V da família Sirius com bloco de ferro, cabeçote de alumínio, comando de válvulas simples e variável no cabeçote acionado por correia dentada(a Mitsubishi chama o seu comando variável de MIVEC), o seu diâmetro era de 87mm e o curso era de 100mm o que totalizavam 2378cm3, a sua taxa de compressão era de 9,5:1 e com isso gerava 21.7KGFMa4000RPM e 162CVa5500RPM esse motor disponível para as versões DE e ES, para o LS e GTS estava o V6 de 3.8 litros e 24 válvulas também da família Cyclone "Debonair" mas ganhou mais potência no sedã gerando:34.6KGFM a 4000RPM e 233CV a 5250RPM. Suspensão, freios e direção seguiam o mesmo esquema do utilitário esportivo Endeavor.
A nova geração do Galant chega ao mercado norte-americano com motores 2.4 16V de 162CV e o V6 de 3.8 litros e 24 válvulas com 233CV.

Em outubro de 2004 na linha 2005 o motor V6 de 3.8 litros e 24 válvulas no Endeavor passou a gerar 35.3KGFM e 228CV ambos nas mesmas rotações e para o Galant nenhuma alteração. 

A CHEGADA DA NOVA GERAÇÃO DO ECLIPSE: se dá em maio de 2005 como linha 2006, ele como sempre é um cupê de quatro lugares, ele mede 4.56 metros de comprimento, 1.83 metros de largura, 1.36 metros de altura e 2.57 metros de entre - eixos, duas versões de acabamento: GS e GT, quatro opções de câmbio: manual de cinco marchas, manual de seis marchas, automático de quatro marchas e automático de cinco marchas e duas opções de motores, para o GS vinha o 2.4 16V herdado do Galant, mas calibrado para gerar 22.4KGFMa4000RPM e 162CVa6000RPM e essa podia vir com o câmbio manual de cinco marchas ou automático de quatro marchas, já o GT vinha com o V6 de 3.8 litros e 24 válvulas herdados de Endeavor e Galant, mas no esportivo ganhou o comando de válvulas variável MIVEC, a taxa de compressão foi para 10,5:1 e com isso passou a gerar 36KGFMa4500RPM e 267CVa5750RPM se tornando o Eclipse mais potente da história, freios, suspensão e direção seguiam o Endeavor e lembrando que o GT V6 vinha com câmbio manual de seis marchas ou automático  de cinoc marchas
A nova geração do Eclipse chegava ao mercado norte-americano com motores 2.4 16V de 164CV e o V6 de 3.8 litros e 24 válvulas com 267CV.
Em agosto de 2005 é vez do facelift para o Endeavor ele ganhava nova grade dianteira, faróis e para-choques para a linha 2006 do modelo, sem mudanças na mecânica e versão XLS dá lugar a Limited.
O Endeavor ganha nova grade dianteira, faróis e para - choques e o motor V6 3.8 se mantém inalterado.
E em outubro de 2005 na linha 2006 era vez do Galant chegar sem alterações. Em março de 2006 inaugurando a linha 2007 é vez do Eclipse Spyder(o conversível) que vinha com os mesmos motores do cupê já citados e os câmbios também.
O Eclipse conversível chegava ao mercado com motores 2.4 16V e V6 3.8 24V já citados no cupê.
Em outubro de 2006 na linha 2007 nada muda para o Endeavor e o Galant ganha a versão esportiva Ralliart, por fora ele era discreto com rodas de liga-leve, pequena mudança na grade e logotipo Ralliart, o câmbio de quatro marchas dava lugar ao de cinco marchas e o motor V6 de 3.8 litros e 24 válvulas ganhava o comando de válvulas variável MIVEC nessa versão e com isso passou a gerar 35.7KGFMa4500RPM e 262CVa5750RPM.

Em outubro de 2007 na linha 2008 no Endeavor e no Eclipse nada muda e para o Galant as versões são reorganizadas: a DE sai de cena, assim como a GTS e só ficam ES, LS e Ralliart. 
                                        O Galant ganha versão Ralliart e o V6 3.8 24V ganha o comando variável MIVEC e vai a 262CV.


Em junho de 2008 na linha 2009 o Galant e o Eclipse ganhavam uma reestilização, vou começar pelo segundo que ganhava nova grade dianteira, pequenas mudanças nas lanternas, na mecânica o mesmo 2.4 16V para o GS e o mesmo tipo de câmbio e para o GT o mesmo V6 3.8 24V só que agora gerava 36.2KGFMa4500RPM e 269CVa5750RPM ficando 2CV mais potente e as alterações foram feitas no conversível e com isso o comprimento foi a 4.58 metros.
O Eclipse ganhava nova grade dianteira, o motor 2.4 16V era mantido e o V6 3.8 24V vai a 269CV.

O Conversível também muda e os mesmos motores do cupê. 



E para o Galant vinham nova grade dianteira, faróis e para-choques, novas lanternas traseiras e inspiradas no Lancer. O  V6 agora se chama Sport e não mais LS, era abaixo do Ralliart e também vinha com câmbio automático de cinco marchas.
O Galant ganhava uma reestilização inspirada no Lancer e os motores 2.4 16V e o V6 3.8 24V foram mantidos desde o lançamento.
A versão Ralliart também recebia alterações e o motor 3.8 V6 24V de 262CV foi mantido.


Em julho de 2009 na linha 2010 é vez do Endeavor ganha nova grade dianteira, faróis e para-choque, manteve o motor V6 sem alterações e o câmbio também, assim como as duas opções de tração. 

O Endeavor ganhava nova grade dianteira,faróis e para-choques e o motor V6 3.8 24V com 228CV sem alterações.
Na mesma época o Galant perde as opções de motor V6, ficando apenas o 2.4 16V como única opção, já o Eclipse ficava sem alterações. Em outubro de 2010 na linha 2011 nada muda nos modelos, em outubro de 2011 na linha 2012 Eclipse e Endeavor dão adeus do mercado norte-americano e no ano seguinte é vez do Galant seguir o caminho e era o fim da plataforma PS no mundo. 

NA TERRA DOS CANGURUS A MITSUBISHI havia comprado a Chrysler australiana em 1979 e em 1981 ela passou a fazer veículos próprios e não mais Chrysler, lembrando que a Chrysler vendeu suas filiais naquela época, a Européia ficou para o grupo PSA que renomeou Talbot e as filiais Argentinas e brasileiras ficaram nas mãos da Volkswagen. Voltando a Mitsubishi nos anos 1990 o Magna derivado do Diamante japonês havia feito sucesso, inclusive sua versão perua(e até mesmo o sedã) eram exportados para diversos lugares.

  Só que nos meados da década de 2000 a situação não era aquelas coisas, o Magna não vendia mais como antes no mercado doméstico e as exportações praticamente deixaram de existir, um sucessor era preciso e ele chegava em outubro.

 O SEDÃ 380 CHEGAVA AO MERCADO AUSTRALIANO, era basicamente um Galant para o mercado australiano, ele media 4.85 metros de comprimento, 1.84 metros de largura, 1.48 metros de altura e 2.75 metros de entre - eixos, ele teve a suspensão elevada devido as condições severas na Austrália, lógico que o volante na direita era obrigatório, ele vinha com duas opções de câmbio: manual de cinco marchas e automático de quatro marchas, o primeiro é exclusivo da VRX que era a "esportiva" além dessas versões tinha: Básica , LS e GT, suspensão, freios e direção seguiam o Endeavor/Galant/Eclispe norte-americanos e o motor era o único era o V6 de 3.8 litros e 24 válvulas o mesmo já citado em detalhes nos modelos norte-americanos, mas com fabricação australiana e que gerava 35KGFMa4000RPM e 238CVa5250RPM. O modelo era chamado de DB 380, esse código antes do nome é hábito dos australianos vide Ford, Holden e antiga Chrysler australiana da qual a Mitsubishi pegou o hábito.
O DB 380 chegava ao mercado australiano apenas com motor V6 de 3.8 ltiros e 24 válvulas com 233CV.

E seguiu sem alterações até Abril de 2006 quando chegou a Fase II e pequenas mudanças na grade dianteira e lanternas, nos motores e câmbio sem alterações, a diferença é que a básica virou ES e também podia vir com o câmbio manual de cinco marchas e lembrando que o automático de quatro marchas era sequencial como Endeavor norte-americano.
A Série II do DB 380 chegava ao mercado australiano e o motor V6 era mantido.

O "esportivo" VRX que podia vir com câmbio manual e o mesmo motor.

Em outubro de 2007 chegava a Fase III com mudanças no acabamento interno, mas era o começo do fim e em março de 2008 a Mitsubishi decide encerrar a fabricação de carros e de motores na Austrália, embora manteve o centro de engenharia, mas as vendas do 380 não ajudavam e não tinha mercado externo para ele e com isso adeus da produção australiana da marca e depois de 44 anos(contando com o tempo da Chrysler) a fábrica Tonsley Park foi fechada.

A CHEGADA DA QUARTA GERAÇÃO DO ECLIPSE NO BRASIL:  Nos anos 1990 ele se tornou o queridinho dos jogadores de futebol e ganhou a alcunha de "carro de jogador de futebol", mas já havia passado 17 anos e muita coisa mudou. Em outubro de 2006 o grupo Souza Ramos que produz e vende os Mitsubishi no Brasil traz o novo Eclipse para o Brasil, ele veio apenas na versão GT, com câmbio manual de seis marchas ou automático de cinco marchas e o motor MIVEC V6 de 3.8 litros e 24 válvulas que gerava 36KGFMa4500RPM e 267CVa5750RPM, afinal como o todas as gerações do Eclipse vieram dos Estados Unidos, lógico nós muitas vezes pensamos que é japonês por causa da marca(eu mesmo achei até fazer o  artigo da plataforma D da Mitsubishi). suspensão, freios e direção por óbvio seguiam os modelos norte-americanos.
O Eclipse vendido no Brasil com motor V6 3.8 24V de 267CV.

E ele se manteve inalterado até outubro de 2010 quando o grupo Souza Ramos deixou de importar o modelo para o Brasil e o Eclipse nunca mais pisou as rodas em solo brasileiro e foi o único carro feito na plataforma PS a ser vendido por aqui.


Essa plataforma mostrou uma certa independência da Mitsubishi norte-americana, pena que ficou estritamente aos Estados Unidos(por "reboque" México e Canadá) e Austrália. Esse plataforma não faria feio se estreasse hoje com suspensão independente nas quatro rodas por exemplo. pena que a Matriz japonesa não aproveitou. nos EUA os modelos Galant e Endeavor não vendiam tão bem quanto os rivais e isso foi a principal causa do adeus, o Eclipse é mais uma lenda morta pela Mitsubishi começou com o GTO/3000 GT em 1999, passou pelo Eclipse em 2012 e agora mais recente foi o Lancer Evolution.  Na Austrália foi o começo do fim da Mitsubishi com o 380 que nunca teve boas vendas, num tempo em que na Austrália carro do porte dele vendia bem, o Holden Commodore era líder e o Ford Falcon era o quinto mais vendido, jamais teve o sucesso do Magna no mercado interno e externo. Com isso se foi os últimos Mitsubishi norte-americanos em 2012. Desde 2011 a fábrica de Normal faz Outlander Sport(conhecido como ASX no Brasil) vendido em vários mercados do continente americano, mas o fantasma de fechar á fábrica ronda nos Estados Unidos.













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