MERCEDES-BENZ AGL: UMA ESTRELA DE SUCESSO

ELE FEZ SUCESSO COMO 1111 E 1113 E DITOU REGRAS DO MERCADO NACIONAL, MAS A FAMÍLIA FOI GRANDE.

A Mercedes-Benz começou a carreira dos caminhões feitos no Brasil em 1956 só que o modelo lançado era o L-312 que logo foi substituido, afinal já nascia ultrapassado , mas ainda assim havia o

O LP 321/331 que foi mais longevo, mas ainda assim a maior estrela da estrela de três pontas só chegaria ao mercado em junho de 1964.

     Olha não sei se  dá para dizer, mas sabe-se que o 1111 e o 1113 foram os caminhões mais vendidos de todos os tempos no mercado brasileiro e bem provável que a cabine mais vendida de todo os tempos seja justamente essa, já que conta vários modelos aqui também.

A CHEGADA AO MERCADO SE DÁ em julho de 1964 era o L/LK 1111, ele tinha como destaque a cabine "bicuda", o câmbio era manual de cinco marchas, o motor veio do LP 321 era o seis cilindros em linha OM 321 de 5.1 litros feito na Sofunge(mas de projeto Mercedes-Benz)  com bloco e cabeçote de ferro, comando de válvulas no bloco acionado por varetas, o seu diâmetro era de 95mm e o curso de 120mm o que totalizavam 5100cm3, dotado de bomba de atuação indireta por "pré-câmara"  e com isso gerava 30.5KGFM a 1600RPM e 110CV a 3000RPM,(120CV brutos), a sua suspensão era eixo rígido por feixe de molas nos dois eixos, os freios eram a tambor nas quatro rodas e o tanque era de 140 litros. Ele inaugurava a nova nomenclatura da Mercedes-Benz no Brasil.

O 1111 chegava ao mercado nacional com motor seis cilindros 5.1 á diesel de 110CV

Em outubro de 1964 na linha 1965 nada muda, em outubro de 1965 na linha 1966 nada muda, em outubro de 1966 na linha 1967 nada muda, em outubro de 1968 na linha 1969 nada muda, em março de 1969 a Mercedes-Benz compra a Sofunge, em outubro de 1969 na linha 1970 nada muda.

A CHEGADA DO NOVO MOTOR se dá em março de 1970 e com ele o 1111 virava 1113 e estreava os irmãos 1313, 1513 e o 6x2 2013, sendo que além dos L/LK estreava o LS cavalo-mecânico, mas nos 1113 eram bem raros, o câmbio continuava manual de cinco marchas, já o motor OM 321 era substituído pelo OM 352 também seis cilindros em linha de 5.7 litros, o seu diâmetro é de 97mm e o curso é de 128mm o que totalizavam 5675cm3, a sua taxa de compressão é de 17:1 com bloco e cabeçote de ferro, comando de válvulas no bloco acionado por varetas e dotado de bomba injetora por atuação direta, ele gerava 37KGFM a 2000RPM e 130CV a 2800RPM e na configuração 1113 "ditou regra" no mercado nacional. 

O 1113 chegava ao mercado e trouxe o novo motor seis cilindros de 5.7 litros com 130CV

O 2013 era o 6x2 da linha com o mesmo motor do 1113.

  Em outubro de 1970 na linha 1971 nada muda, em março de 1971 era vez do 2213 que era o 6x4 da família, com o mesmo motor já citado no 1113, deu para ver  que o sucesso do 1113 a Mercedes-Benz ampliou sua família. 

O 2213 era o 6x4 da linha com o mesmo motor do 1113.

 Em outubro de 1971 na linha 1972 nada muda, em outubro de 1972 é apresentado o 1519 que era o novo cavalo-mecânico da marca, em março de 1973 chegava ao mercado o LS-1519 que era o cavalo-mecânico homologado para carreta de dois eixos, quase um ano e meio após o fim do LP-1520, o câmbio era manual de seis marchas, já o motor era o cinco cilindros da família OM355 de 9.7 litros, o seu diâmetro era de 128mm e o curso era de 150mm o que totalizavam 9650cm3, a sua taxa de compressão é de 16:1, com bloco e cabeçote de ferro, comando de válvulas no bloco acionado por varetas, bomba injetora de atuação direta ele gerava 67KGFM a 1400RPM e 192CV a 2200RPM, ficou conhecido como "Brejeira" por que fazia muito barulho e andava pouco. O seu tanque era de 300 litros.

O LS 1519 chegava ao mercado com motor cinco cilindros de 9.7 litros com 192CV.

Em outubro de 1973 na linha 1974 nada muda, em outubro de 1974 na linha 1975 duas novidades eram lançadas, a primeira era o 1516, que estreava a versão turbo do OM 352, a sua taxa de compressão caia para 16:1 e graças a turbina ele passou a gerar 44KGFM a 1800RPM e 156CV a 2800RPM, o câmbio continuava manual de cinco marchas e o LS-1924 que era o cavalo-mecânico para reboques de três eixos, que estreava o motor OM 355/6 que era o OM 355 com um cilindro a mais, por isso o "barra/6", a cilindrada total passava a 11.580cm3 e com isso era um 11.6 litros, a taxa de compressão era de 16:1 e com isso gerava 84KGFM a 1400RPM e 240CV a 2200RPM e o câmbio era manual de 18 marchas.

O 1516 chegava ao mercado com motor OM 352 5.7 Turbo de 156CV.

 Em outubro de 1975 na linha 1976 nada muda e vou lhe dar duas curiosidades: o LS-1924 foi o primeiro Mercedes-Benz nacional a romper a barreira dos 200CV e também ganhou o apelido de "Terezona" por que a cabine esquentava demais, algo comum nos cavalos-mecânicos dessa família, inclusive o LS-1924 foi obrigado a vir com o capô mais longo. Em outubro de 1976 na linha 1977 chegava o 2219 que era o 6x4 com motor cinco cilindros da "Brejeira".

                                            O 2219 chegava ao mercado com motor cinco cilindros do 1519.

 Em outubro de 1977 na linha 1978 nada muda, em outubro de 1978 na linha 1979 é vez de duas novidades: o LS-1924-A e o 1316, o último usava o mesmo motor já mencionado no 1516 e o primeiro ganhava o turbo no motor OM 355/6, com isso o 11.5 litros tem a taxa de compressão reduzida para 15:1 e com isso gera 108KGFM a 1300RPM e 285CV a 2200RPM, o câmbio era manual de 18 marchas.

O 1316 chegava ao mercado com motor do 1516

O LS-1924-A marcava a chegada do turbo no motor seis cilindros de 11.5 litros e com isso gerava 285CV.

Em outubro de 1979 na linha 1980 nada muda, em outubro de 1980 na linha 1981 nada muda, em outubro de 1981 na linha 1982 nada muda.

A CHEGADA DOS "CARA-PRETAS" se dá em outubro de 1982 na linha 1983 com a nova grade dianteira, faróis retangulares duplo e novos para-choques, já os modelos 1113,1313,1513,1316  , 1516,2013 2213 e 2219 foram mantidos, o único cavalo-mecânico a ter as mudanças estéticas foi LS-1519, já os LS-1924 e LS-1924-A ficaram sem as mudanças estéticas.

O facelift atingia quase toda a família de caminhões, sem mudanças mecânicas, mais tarde estrava o 1317 e 1517 com motor OM 352 de 5.7 litros turbo com 170CV.

O 1516 também ganha o facelift, mais tarde substituído pelo 1517 também.

Em abril de 1983 o LS-1924 e LS-1924-A dão o seu adeus, em seu lugar vem o LS-1929, que podia vir com dois tanques de 300 litros, totalizando 600 litros, um novo cardã que aguentava até 400CV e o câmbio manual de 16 marchas, igual a usada no Volvo da época, ou seja novos rivais vinham como os Scania T e Volvo N, mas ainda assim eram bem tímidas.Já o motor era o mesmo do LS-1924-A. Em outubro de 1983 na linha 1984 nada muda, Em outubro de 1984 na linha 1985 nada muda, em outubro de 1985 na linha 1986 chegavam duas noviddes era o  LS-1524  que ganha o turbo para o motor de cinco cilindros OM 355 e com isso passou a gerar 98KGFM a 1200RPM e 238CV a 2100RPM, lógico a taxa de compressão caiu para 15:1 e estreava LS-1932 que marcava a estreia do Intercooler na Mercedes-Benz brasileira, é o mesmo motor do LS-1929 que veio do LS-1924-A, mas que agregou o Intercooler e com isso passou a gerar 127KGFM a 1050RPM e 320CV a 2000RPM. lógico que os dois tanques de 300 litros foram estendidos ao LS-1524.

O LS-1524 estreava o turbo no motor cinco cilindros e com isso passou a gerar 238CV.

O LS-1932 marcou a estreia do Intercooler na Mercedes-Benz brasileira e o seis cilindros de 11.5 litros passou a gerar 320CV.

 Era primeira vez que um Mercedes-Benz nacional rompia a barreira dos 300CV, em outubro de 1986 na linha 1987 os 1313, 1316, 1513 e 1516 davam lugar os novos 1317 e 1517, o motor OM 352 Turbo ganhava alterações para gerar 47KGFM a 2000RPM e 170CV a 2000RPM, Em outubro de 1987 na linha 1988 para driblar o controle de preços da época, a Mercedes-Benz resolve renomear os modelos: 1114,1318,1518,1520, 2014,2214,2220 e 2225 que vinha com o motor cinco cilindros turbo usado no 1524, o LS-1525, o LS-1929 dava o seu adeus e estreava o LS-1933 nesse caso não era apenas uma renomeação,  o motor seis cilindros OM 355/6 LA dotado de turbo e intercooler passou a gerar 133KGFM a 1200RPM e 326CV a 2000RPM. Em outubro de 1988 na linha 1989 era basicamente o "canto do cisne"para essa cabine, chegava o novo LS-1934 que tinha saídas de ar maiores no capô, carenagem com logotipo "Turbocooler" nas laterais, grade dianteira na cor do caminhão(geralmente branca) e foi a última "Terezona", a taxa de compressão caia para 14:1, mas outras alterações no motor OM 355/6 LA deixaram ele com 148KGFM a 1300RPM e 340CV a 2000RPM. O câmbio é manual de 16 marchas, aliás vale lembrar que o 1519 e o 1524 contavam com o câmbio de oito marchas desde a chegada do 1524 e em março de 1989 chegava o 2017 com motor do 1517 era a versão 6x2 era outro canto  do cisne para o AGL.

O 1934 chegava ao mercado e o motor seis cilindros de 11.5 litros vai a 340CV.

Nos anos 1970 a Mercedes-Benz consolidou a liderança geral com ele, mas nos pesados sempre teve que correr atrás da Scania e nos anos 1980 viu a Volvo lhe tomar o segundo lugar, nos médios apesar da liderança a chegada do Ford Cargo e dos Volkswagen fez uma situação complicada para a Mercedes-Benz: o 1113/1114 estavam antigos. Em julho de 1989 começa o adeus com os modelos 1114,1318,1518 dando lugar aos 1214,1414, 1414,1418, 1614 e 1618, em maio de 1990 o 1520 da lugar ao 1625, o 1525 dá lugar ao 1630, o 1934 dá lugar ao 1935  com isso é o adeus dessa cabine nos Brasil que ficou 26 anos no mercado.

 Ele "ditou regra" no mercado com o 1113, ainda é o caminhão mais vendido de todos os tempos, colocou a Mercedes-Benz na liderança do mercado de caminhões na década de 1970 e só veio a perder essa liderança nos anos 2000, lógico que as "Terezonas" e "Brejeiras" não tiveram o mesmo  sucesso especialmente pela forte presença da Scania e depois Volvo nesse mercado. Lógico que o 1113 é considerado um "tanque de guerra", mas uma hora que tem se modernizado e aí veio o adeus dessa cabine começou pelos médios e depois foi a vez dos pesados saírem de cena.