FORD F- 350/600 SUPER FORD: A ESTREIA DA FORD NO DIESEL

A SEGUNDA GERAÇÃO DA SÉRIE F NACIONAL COLOCOU OS CAMINHÕES FORD NO DIESEL.

A Ford está no Brasil desde 1919 de início apenas com modelos CKD e isso ficou durante quase 40 anos até a chegada:

Da primeira geração dos caminhões da Série F  e também vale mencionar a primeira geração 

E também da primeira F100  Mas já haviam se passado 40 anos era hora de mudar e a Ford fez isso.

O LANÇAMENTO NO SALÃO DE SALÃO PAULO DE 1961 Como linha 1962 era lançado os modelos que ficariam conhecidos como "Super Ford" que a rigor era um facelitf do modelo lançado em 1957 como linha 1958, mas já havia modificações extensas, na picape por exemplo a caçamba foi ampliada, mas você já viu na matéria histórica da primeira geração da Série F as picapes, agora o foco é os caminhões. Para todos vieram nova grade dianteira, faróis, para-choques e lógico os caminhões eram o F 350 que na época era o único leve nacional e o F 600, só que trouxe uma novidade, que mais tarde cito a seguir, no câmbio continuava o manual de quatro marchas. tanto para o F 350 e para o F 600 foi mantido o motor V8 272 de 4.5 litros da família Y ou "Y-Job", ou "Power king" com bloco e cabeçote de ferro, 16 válvulas, comando de válvulas no bloco acionado por varetas, o seu diâmetro era de 92mm e o curso era de 83.8mm o que totalizavam 4453cm3, dotado de carburador de corpo duplo, movido á gasolina a sua taxa de compressão é de 7,3:1 e com isso gerava 33.2KGFM a 2400RPM e 164CV a 4000RPM para o F 600 ele ganhava a opção do diesel era o Perkiins 6-358 de seis cilindros em linha e 5.8 litros, o seu diâmetro é de 104.1mm e o curso é de 114.9mm o que totalizavam 5840cm3, a sua taxa de compressão é de 15:1 e com isso gerava 40.4 KGFM a 1350RPM e 140CV a 3000RPM e ambos valores brutos como era na época. O seu tanque era 79.5 litros para o F 350(tomando como o base o F4000 de geração posterior, mas se alguém tiver a capacidade do tanque, me avisem!) e de 137 litros para o F600 tomando como base o modelo de geração posterior também. A sua suspensão era dependente tipo eixo rígido com feixe de molas nos dois eixos. 

O F 350 chegava renovado ao mercado, mas o motor V8 272 de 4.5 litros á gasolina de 164CV foi  mantido.

O F 600 chegava ao mercado também renovado, mantendo o V8 272 de 4.5 litros já citado no F 350 e estreava o Perkins 5.8 á diesel de 127CV.

 No caso do diesel a Ford resolveu entrar vendo que o mercado já começava a transição dá gasolina para diesel e FNM, Mercedes-Benz e Scania já estavam no diesel desde que começaram suas fábricas aqui. Em outubro de 1962 na linha 1963 nada muda, em outubro de 1963 na linha 1964 nada muda, em outubro de 1964 na linha 1965 nada muda, em outubro de 1965 na linha 1966 nada muda, em outubro de 1966 na linha 1967 nada muda.

O FACELIFT SE DÁ em março de 1967 além da própria F100, o F350 e o F600 recebem faróis retangulares, nos motores o V8 272 de 4.8 litros á gasolina continuava o mesmo, assim como o Perkins seis cilindros 5.8 á diesel. Suspensão, freios e direção não mudavam, apesar da picape F100 ter ganho a suspensão Independente tipo Twin-I-Beam na dianteira , o leve F 350 só ganharia na próxima geração.

Dá dó colocar o caminhão assim, mas foi o único F350 nacional da época que achei com o facelift, de início apenas o V8 272 de 4.5 litros, mais tarde ele ganhava o V8 292 de 4.8 litros e 190CV.

O F 600 ganha o facelift e os motores V8 272 de 4.5 litros á gasolina e o Perkins seis cilindros 5.8 á diesel são mantidos, mais tarde ele ganhava o V8 292 de 4.8 litros á gasolina já citado no F-350.

Em outubro de 1967 na linha 1968 sem mudanças, afinal eram recém-lançados, em outubro de 1968 na linha 1969 nada muda, em outubro de 1969 na linha 1970 como resposta ao lançamento do:

Dodge D400 e D700 com motor V8 318 á gasolina ,  chegava como opção mais potente á gasolina o V8 292 de 4.8 litros da família Y emprestado do Galaxie LTD dá época, o seu diâmetro passou a 95mm e o curso do 272 foi mantido, o que totalizavam 4785cm3, a sua taxa de compressão era de 7.8:1 com carburador de corpo duplo e á gasolina, com isso gerava: 37KGFM a 2400RPM e 190CV a 4000RPM os caminhões da Série F ficavam mais potente nos modelos á gasolina. Em outubro de 1970 na linha 1971 nada muda. Em outubro de 1971 na linha 1972 essa geração da Série F dá lugar a uma nova geração e aí é outra história.

  Essa geração da Série F manteve como herança o V8 272 4.5 á gasolina, mas foi responsável pela estréia do Diesel nos caminhões Ford com o seis cilindros Perkins, mais tarde ganhou o V8 292 de 4.8 litros á gasolina, mas chegou a hora de dar o adeus e esse adeus chegou.